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Fazedores e Pensadores
O fazedor (executor) não é nada, além de prático. O pensador (criativo) muitas vezes parece tudo, menos prático. Afinal, suas melhores ideias são aquelas que conflitam com o que geralmente se supõe ser o método prático de proceder. Nesse texto procuramos refletir como cada um vem ao mundo e como cada um depende um do outro. Eis a essência não da competição da união das habilidades ou soma de saberes.
Tomemos um exemplo de tempos primitivos.
O fazedor, que era então corajoso caçador, organizava um ataque em massa ao tigre dente-de-sabre.
Conseguia ação. Podia perder, morta, metade da tribo, mas alimentava a outra metade, e isso era vida. Não era do tipo de gente que fica especulando se seria possível persuadir o tigre a comparecer a um encontro predeterminado e aí matar-se convenientemente.
Isso argumentaria ele, não seria ‘óbvio’ em termos de comportamento tigrino.
Aconteceu, porém, que algum camarada biruta, que preferia pensar e ficar vivo, conseguiu cavar um poço, colocar aguçadas estacas no fundo dele e afinal camuflá-lo em cima, colocando aí uma isca.
E não é que a fera veio e praticou o suicídio em benefício do homem!
Profº. Adm. Mota, Afonso
Para Refletir
“O ser humano é titular do conhecimento comum ou vulgar, por mais rudimentar que seja o seu nível de cultura”. Caio Prado Junior
Referência 02.2024